Trabalhar Diversidade e Inclusão tem sido um dos grandes desafios das empresas nos últimos tempos.
É muito positivo notar que há uma maior consciência, pelas organizações, de que a pluralidade de vozes, experiências e perfis é uma grande aliada na geração de inovação e aumento da competitividade das empresas. E que com isso, excelentes iniciativas de promoção a diversidade e inclusão têm se destacado no mercado de trabalho.
Mas será que a velocidade com que estamos trabalhando nesses temas aqui no Brasil está suficiente?
“Quando o assunto é Diversidade & Inclusão o ‘business as usual’ já não é suficiente.”
(Liliane Rocha – da Gestão Kairós)
Se observarmos alguns dados estatísticos percebemos que ainda estamos caminhando a passos lentos nas ações para promover Diversidade e Inclusão no mercado de trabalho.
Alguns exemplos:
* Uma pesquisa recentemente divulgada pelo Instituto ETHOS revela que se continuarmos no mesmo ritmo de ações, levaremos aproximadamente 123 anos para ter equidade salarial entre brancos e negros no Brasil.
* Já entre homens e mulheres, serão necessários 96 anos para reparar a diferença salarial que existe hoje, de acordo com o Relatório de Desigualdade Global de Gênero de 2016, do Fórum Econômico Mundial.
O Brasil ocupa a 129ª posição no ranking de igualdade de salários entre gêneros, formado por 144 nações. Imagine os dados dos demais grupos de diversidade… Preocupante, não é? ☹
A quem isso importa e de quem é a responsabilidade?
Bem, penso que importa e afeta a todos nós. Quando falamos de diversidade e inclusão falamos de sustentabilidade.
E que sim: é responsabilidade minha, sua, de TODOS NÓS… que devemos gerar consciência e apoiar ações práticas nesses temas.
Proporcionar oportunidades de equidade no trabalho não deve ser uma ‘missão do RH’ das empresas. Mas sim de todas as áreas e de todas as pessoas independente de nível hierárquico.
E é crucial que a Diversidade seja parte dos objetivos estratégicos da organização, pois é aí que se inicia uma adaptação na cultura Organizacional que efetivamente fomentará a inclusão.
Não basta aumentar o número de mulheres, negros, LGBTQI+, pessoas 50+, e pessoas com deficiência nos processos seletivos. É preciso escutar e acolher esses grupos para desenhar um ambiente inclusivo onde esses profissionais se sintam confortáveis em ser quem são.
“Diversidade é convidar para a festa. Inclusão é chamar para dançar!”
Vernā Myers (VP de inclusão da Netflix)
